sábado, 28 de março de 2009

TEMPO DA DELICADEZA



Por TONINHO SPESSOTO ( Jornalista, radialista, crítico e produtor musical)




Tavito é um dos compositores mais preciosos que temos. Com sua sensibilidade incomum, fala diretamente ao coração através de canções ternas, que remetem a grandes amores e deliciosas recordações. Tudo é seu quarto disco - produção independente distribuída pela Tratore - e sai após 25 anos do lançamento de Tavito 3. Nesse tempo, o cantor e compositor mineiro trabalhou com publicidade, produziu muita gente boa e jamais parou de compor.



O novo álbum é um retrato da produção atual de Tavito. O repertório traz delícias como a nostálgica 1969 (O Beijo do Tempo), parceria com o poeta e jornalista pernambucano Gilvandro Filho e que tem no arranjo um quê de George Harrison, a belíssima toada Embora, de Tavito e Alexandre Lemos, notável compositor carioca (eles assinam também Tudo, a faixa título), o rock Uma Banda Em Sampa, com o antigo parceiro Rocknaldo, a balada O Primeiro Sinal, de Tavito e Ney Azambuja (parceiros no clássico Rua Ramalhete) e a toada As Meninas (Tavito/Elder Braga). A cantora Clarisse Grova faz participação especial em Minas de Encanto (Tavito) e Aquele Beijo (Tavito/Ney Azambuja).



Há belas releituras de Aquele Beijo, gravada pelo músico no LP Tavito 2, de 1982, Hoje Ainda é Dia de Rock (Zé Rodrix), lançada pelo trio Sá, Rodrix & Guarabyra no álbum Passado, Presente, Futuro, de 1972, e de Rua Ramalhete, do disco de estréia de Tavito, autointitulado, de 1980. Nesse caso, foram regravados alguns instrumentos, mas a voz do artista foi tirada do registro original. Disco belíssimo, tratado de lirismo e leveza.




TAVITO no PONTAPÉ INICIAL ( ESPN)

Tavito foi o convidado especial do programa esportivo da ESPN PONTAPÉ INICIAL, ontem ( dia 27/3 às 7 hrs e reapresentação à meia noite). O programa sempre conta com a participação de um cantor e queridíssimo Tavito foi divulgar o CD TUDO.
Falou-se sobre o início da carreira de Tavito no "Som Imaginário", mostrando um vídeo da época com imagens, inclusive, do Zé Rodrix!

Tavito, Fredera e Zé Rodrix em evento recente em SP : Som Imaginário


Tavito falou sobre o legado dos mineiros para a MPB que ainda surte efeitos na música de hoje, e acabaram citando o Clube Caiubi e a Segunda Autoral. O senão é que Tavito, estava muito gripado, cheio de tosse, e não conseguiu cantar muito, e o público pedindo música pela Internet!!!

Colaboração: Maisa Dillem

segunda-feira, 16 de março de 2009

Tudo de Tavito exala a nostalgia de tempos idos - Mauro Ferreira

Parceiro de Zé Rodrix em Casa de Campo, a canção de 1971 que expressou na bela letra a ideologia de paz & amor da geração hippie, Luís Otávio de Melo Carvalho - o Tavito, integrante do grupo Som Imaginário - foi um garoto que amou os Beatles nas esquinas mineiras de Belo Horizonte (MG), cidade onde nasceu e morou até migrar para o Rio de Janeiro (RJ) em 1968.
Essa descoberta do pop e da juventude marcou para sempre sua obra. Sua obra-prima Rua Ramalhete, lançada em seu primeiro LP (Tavito, 1979), já exalava a nostalgia de sua modernidade. Não por acaso, a música fecha o quinto álbum do artista, Tudo, numa versão reloaded que está em sintonia com o espírito saudosista dos tempos idos. As duas melhores músicas do irregular repertório - 1969 (O Beijo do Tempo) e O Dia em que Nasceu Nosso Amor - abrem o CD nesse tom nostálgico que pontua o trabalho. Entre saudação às Geraes (Minas de Encanto, com intervenção vocal da cantora Clarisse Grova) e regravação de Hoje Ainda É Dia de Rock (tema de Zé Rodrix lançado pelo trio Sá, Rodrix & Guarabyra), Tudo reergue a ponte pop que sempre ligou Liverpool a Belo Horizonte. Contudo, Uma Banda em Sampa celebra São Paulo com sonoridade que remete à pueril Jovem Guarda. Há algum lampejo de inspiração melódica em canções como Aquele Beijo e, embora nem tudo soe à altura da produção áurea do artista, o CD é bem-vindo por quebrar o silêncio de Tavito, que se desviou do trilho principal do mercado fonográfico em 1984, muito desiludido com o descaso da gravadora então intitulada CBS com a promoção do compacto que lançara naquele ano. Dessa fase, Tavito não tem a menor nostalgia.

sábado, 14 de março de 2009

TOP 20 da Tratore

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sexta-feira, 13 de março de 2009

Tarik de Souza entrevista TAVITO

Após longo recesso, compositor e cantor mineiro Tavito ressurge em CD
Tárik de Souza, Jornal do Brasil

Após um longo recesso fonográfico, o compositor e cantor mineiro Tavito (Luis Otávio de Mello Carvalho) ressurge com o CD Tudo (Tavmusic) e prepara-se para voltar aos shows.
Por que ficou tanto tempo sem discos solo?

- Bem, meu último compacto simples (lembra disso? faz tempo...) foi lançado pela CBS, em 1984, há exatos 25 anos. Tinha duas canções de que gosto muito, Simpatia (Tavito/R.Magno) e A nossa casa (Tavito/Eduardo Souto Neto). Como nenhuma das duas emplacou na mídia, a gravadora se desinteressou por mim, e eu, naturalmente, por ela. Foi quando resolvi partir para pequenos e médios shows por aí, enquanto trabalhava compulsivamente em minha produtora de jingles. Em 1992, por questões particulares, abandonei também os shows. Fiquei 11 anos praticamente sem pegar no violão. Somente em 2003 retornei ao palco, convidado pelo amigo mineiro Affonsinho para uma participação em seu show, em Belo Horizonte, e me surpreendo ao arrancar lágrimas da platéia que superlotava o teatro.

Quais os ingredientes para confeccionar pérolas pop duráveis como Casa no campo (com Zé Rodrix) e Rua Ramalhete (com Ney Azambuja)?

- Essas duas canções tocam bordões universais do ser humano. Todo mundo, sem exceção, experimentou seu primeiro arrepio amoroso na adolescência, sua primeira canção a dois, seus primeiros contatos com o corpo e a alma de alguém. Como também todos querem paz, sossêgo, sensações benfazejas de segurança por meio de seus amigos e objetos de afeto. A Casa no campo simboliza a famosa paz interior tão almejada. E a Rua Ramalhete (que existe mesmo) é apenas um lugar, numa determinada época, onde a intensidade dos hormônios juvenis borbulhava, delicada e indomável.

Como situa seu novo disco dentro da miscigenação da música atual?

- O nome desse CD, Tudo, diz bem o que ele representa. Sou um cara bastante experiente em mudanças filosóficas, técnicas e estéticas na música do mundo nos últimos anos. Escutei e fui formado por absolutamente tudo que há para escutar nesse tempo de confusões e sobressaltos. O que se usa hoje, as fusões, os mixes rítmicos, a pesada percuteria, a eletrônica, fruto de muita tecnologia e alguma criatividade, tem seu sucesso diretamente ligado às condições atuais de percepção da grande massa jovem brasileira, que é diferente, muito diferente de seus pais e avós. A minha proposta de trabalho, hoje, é a de usar as influências e o pensamento de muitos anos de produção musical para cobrir uma demanda que sinto existir entre os jovens: a da fruição de uma música bonita, simples e que dê um recado atual, rigoroso e intransigente sobre escolhas e objetivos, do bem absoluto ao amor irrestrito. Além de espernear com humor contra essa viscosa derrocada ética que nos assola. Acho que é um “pop varejeiro”, ou coisa que o valha.

Jornal do Brasil / RJ
19:03 - 12/03/2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

TUDO no Estado de Minas

TERÇA, 10/03/2009
Canções que a gente quer ouvir
Depois de ficar 25 anos sem lançar disco, Tavito, autor de Casa no campo e Rua Ramalhete, está de volta com o CD Tudo, com antigos sucessos e novas parcerias
Eduardo Tristão Girão

Roberto Soares Gomes/Divulgaçã o



"Estou ficando velho, mas meu espírito é muito jovem. Não me sinto com a idade que tenho, sou lépido" - Tavito, cantor e compositor


O cantor e compositor belo-horizontino Tavito tinha tudo para continuar na penumbra artística. Fora de Minas desde 1968, despontou ao lado de Milton Nascimento com o grupo Som Imaginário e tornou-se bem-sucedido criador publicitário, sua principal atividade até hoje. Seu último trabalho, Simpatia, um compacto lançado pela CBS em 1984, fracassou nas vendas, bem como seus dois discos anteriores. Shows também minguaram. Finalmente, parou de se apresentar, abalado pela morte do irmão, em 1991. Mas o destino não quis que fosse assim. Há seis anos, retornou aos palcos durante participação num show de Affonsinho na capital mineira e flagrou lágrimas de emoção na plateia. Resolveu voltar ao estúdio – desta vez para ser gravado – e acaba de lançar Tudo, seu primeiro disco em 25 anos. “Estou ficando velho, mas meu espírito é muito jovem. Não me sinto com a idade que tenho, sou lépido. Por estar habituado a ser jovem, me esqueci de como eu era quando jovem. Fiz uma catarse, uma leitura de mim mesmo, e descobri uma coisa muito interessante. Muita gente chama de evolução uma coisa que não é evolução. Fico pensando, musicalmente, no que foi que eu evoluí. Na realidade, meus conceitos são os mesmos. O produto que vendo agora é o mesmo de 1979. Prega as mesmas coisas, o amor sempre absoluto e irrestrito. Basta prestar atenção às letras. Também prega o saudosismo, pois já era saudosista naquela época. Não mudei nada”, garante. Tudo é composto por 14 faixas, sendo a maioria inédita. O álbum começa com 1969 (O beijo do tempo), canção que expõe o espírito saudosista de Tavito com referências musicais a Purple haze (Jimi Hendrix) e My sweet lord (George Harrison), colorindo versos como “Havia, eu sei, uma fumaça a nos fazer sonhar/ Havia a lei: a gente era livre para se amar/ Havia luz pois era tempo de iluminar”. A música foi escrita com Gilvandro Filho, um dos muitos parceiros que assinam novas faixas no disco. Com Luiz Carlos Sá fez O dia em que nasceu o nosso amor e A grande sorte; Alexandre Lemos divide com ele Embora e a faixa-título; e o novo parceiro Rocknaldo marca presença em Uma banda em Sampa e Um certo filme. Ney Azambuja, co-autor de Rua Ramalhete (última do disco, em versão “reloaded”), um dos maiores sucessos de Tavito, ressurge na também inédita O primeiro sinal, além da regravação de Aquele beijo. “Todas as músicas foram feitas a partir de 1992, à exceção de Rua Ramalhete e Aquele beijo, que fiz para minha mulher, Celina, que está comigo há quase 30 anos. Fiz um arranjo para o Roupa Nova, mas resolvi gravá-la da maneira como eu a toco no meu show”, explica. Do amigo e parceiro Zé Rodrix gravou o sucesso Hoje ainda é dia de rock. “Fiz músicas com ele, mas acabaram não entrando no disco. As fronteiras do amor é uma balada linda e triste, mas ficou de fora, pois eu queria um disco animado, alegre. Amor e foguetes é outra”, conta.

E por que, afinal, o artista demorou tanto tempo para lançar um disco novo? “Não ia mais gravar. Arrumei outro veio na vida, o da propaganda. Resolvi fazer esse disco a partir daquele show em Belo Horizonte. Vi a água correndo na cara das pessoas e senti que precisava reavaliar o poder das coisas que eu fazia. Era uma força que eu sabia que tinha há muito tempo, mas não agora. Estava totalmente sumido da mídia. Nesse período fiz músicas que tocaram em novela, mas ninguém sabia”, lembra. Sem vínculos com gravadoras, começou a trabalhar no novo projeto aos poucos. Partiu de um universo de 50 novas canções. Mesmo tanto tempo longe dos holofotes, Tavito garante não ter parado de compor. “Quando eu não gravo, alguém me grava. Só sei escrever e fazer música”, diz. As vendagens insatisfatórias de seus discos, lançados entre o final dos anos 1970 e o início dos 1980, é claro, contribuíram para que o artista sumisse: “Nessa época, estava muito perdido. Não queria ficar na publicidade, mas não queria que as coisas fossem como eram. A CBS não me deu a atenção que eu achava que deveria ter. Hoje nem acho mais isso. Penso completamente diferente. Mas na época me desencantei e resolvi dar uma parada”. Tavito conta que, desde a morte do irmão, ficou 12 anos sem tocar violão, “só compondo e mexendo com teclado e estúdio”, lembra. “Antigamente, eu tinha proposta de instrumentista que hoje não tenho mais. Hoje, toco o que sei tocar e acho legal assim. Antigamente, algumas revistas diziam que eu era o melhor violonista do Brasil. Mentira. Tocava violão de 12 cordas e tive notoriedade porque fui dos poucos, na década de 1970, que tocava esse instrumento. Só havia eu para ser chamado para as gravações. Mas naquela época do Som Imaginário, do Clube da Esquina, era meio craque, tocava razoavelmente bem”, diverte-se. Na estrada Apesar de se dizer musicalmente o mesmo, o artista não tem dúvida de que o novo álbum inaugura nova fase em sua carreira.

Para divulgar o trabalho, já programou shows de lançamento em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que provavelmente serão realizados mês que vem. “Estou com saudades da estrada. Tenho feito shows em São Paulo, Brasília, Recife, Fortaleza. Apresento-me sozinho ou com Zé Rodrix. O show que faço com ele é muito bacana. Ele é meu parceiro em Casa no campo. Tem muitas histórias, piadas, conversas”. As sobras de estúdio, adianta, deverão dar origem ao seu próximo disco. “Gosto muito de compor. Aliás, é a única coisa que sei fazer. Sou um cara novo, penso novo”, conclui.--

O Globo ( Rio de Janeiro)

O Globo - RJ

dia 3/3/2009

Meu novo CD, "TUDO", está enfim em todas as lojas, físicas e virtuais - ou pelo menos em quase todas. São 11 canções inéditas e três "recuerdos" saudáveis, que dão um repasse na rodrixiana "Hoje ainda é dia de rock", cortam os excessos da minha querida "Aquele Beijo" e incrementam nossa "Rua Ramalhete" com mais violas, guitarras, synths, tamborecos, badalos e outras percutices de menor presença. Eu e meu produtor Nanau achamos (apesar de tudo) que ficou bem legal. Vale conferir, galera. Podem, pois, ir à loja ou computador mais próximo e comprar sem dó, visto que nós, artistas, vivemos disso, não só na normalidade, como também em crises mundiais fajutas das quais não temos culpa nenhuma. Espero sinceramente que ouçam o CD de cabo a rabo, curtindo cada canção como um abraço de afeto. De mim procês, amplexos e ósculos estalados como ovos na frigideira


Tav




TUDO



Onde encontrar o CD TUDO

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- Todo o Brasil

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